5 de dezembro de 2014

Pendura essa conta, garçom
Transverto-me sempre
Hoje não é diferente

O sonâmbulo não vê a rota
Chega sem avisar
Já não posso esperar

A ilusão de uma vida inteira
Perde-se em um sopro
Qual será o próximo morto?

Liquidifica em poesia
Sua dor, seu horror
Seu infindo desamor

Rasas palavras mortas
Melancólicas profanam a si
Inquietas profetizam o fim

São tantos sorrisos
E a cabeça tonta
Garçom, pendura essa conta

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