O Retorno ... à Mãe do Corpo é um livro de contos, que através da prosa poética esmiúça a alma e a sensibilidade humanas. Por entre os contos você ainda se depara com ilustrações da autora que iluminam a viagem literária por entre as metáforas e as loucuras. É um livro que pretende fazer sentir mais que entender, arrepiar mais que explicar, por isso a cada leitura acontece uma nova interpretação.
Vale a leitura.
Para quem quiser se arriscar nessa louca viagem literária:
O valor do livro é R$ 33,00. A quantia é paga por depósito.
Vou enviar pelo correio, então não esqueça do CEP, ok?!
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Agência: 1336 (Caixa Econômica)
Conta: 14413-6
Operação: 013 (poupança)
Meu e-mail: LITASAHUN@GMAIL.COM
Comentário de quem leu GUILHERME RIBEIRO
Li seu livro há duas semanas e gostei muito. Apaixono-me cada vez mais pelo gênero feminino. Vocês possuem saberes e sensibilidades riquíssimos cujo alcance em muito ultrapassa a rigidez e a objetividade masculinas. Precisamos ouvir as mulheres, aprender com elas.
Seu texto revela a emoção e a inteligência femininas. Só uma narradora poderia escrever assim. Inclino-me a pensar que estamos diante de uma narrativa urbana "pós-moderna" --- embora exista uma marca local assaz interessante. Seu livro é o desabafo da mulher emancipada do século XXI --- com todas as dificuldades de sustentar não apenas a nova condição conquistada, mas o próprio fio da navalha que é a vida cotidiana.
De todo modo, penso que o cerne de seus contos localiza-se na questão dos gêneros: Rodrigo, Maurício, Adão, Albertinho, José e Paulo tecem um novelo de situações ora felizes, ora dramáticas (humanas por excelência), quer contra, quer a favor, com a diversidade de Maria --- das lobas, dos amores, da sobra, das estações, das dores, dos prazeres, da piedade. Aliás, a escolha das palavras e dos prenomes é sintomática: elas deixam transparecer a formação judaico-cristã e os dilemas dela decorrentes como elementos ainda fortemente presentes entre nós no século XXI.
Apreciei a maneira como você explora a linguagem e, ao mesmo tempo, a natureza do conto. Cabe à literatura e à poesia não somente contar estórias, mas engendrar novas formas e novos usos da linguagem escrita. Sua narrativa guarda silêncios preciosos. Ela nos ensina que a ficção amplia as possibilidades de entendimento do "real".
Por meio de seus contos, é possível dar voz aos múltiplos que existem dentro de nós.
Seu texto revela a emoção e a inteligência femininas. Só uma narradora poderia escrever assim. Inclino-me a pensar que estamos diante de uma narrativa urbana "pós-moderna" --- embora exista uma marca local assaz interessante. Seu livro é o desabafo da mulher emancipada do século XXI --- com todas as dificuldades de sustentar não apenas a nova condição conquistada, mas o próprio fio da navalha que é a vida cotidiana.
De todo modo, penso que o cerne de seus contos localiza-se na questão dos gêneros: Rodrigo, Maurício, Adão, Albertinho, José e Paulo tecem um novelo de situações ora felizes, ora dramáticas (humanas por excelência), quer contra, quer a favor, com a diversidade de Maria --- das lobas, dos amores, da sobra, das estações, das dores, dos prazeres, da piedade. Aliás, a escolha das palavras e dos prenomes é sintomática: elas deixam transparecer a formação judaico-cristã e os dilemas dela decorrentes como elementos ainda fortemente presentes entre nós no século XXI.
Apreciei a maneira como você explora a linguagem e, ao mesmo tempo, a natureza do conto. Cabe à literatura e à poesia não somente contar estórias, mas engendrar novas formas e novos usos da linguagem escrita. Sua narrativa guarda silêncios preciosos. Ela nos ensina que a ficção amplia as possibilidades de entendimento do "real".
Por meio de seus contos, é possível dar voz aos múltiplos que existem dentro de nós.
Amigavelmente,
Guilherme Ribeiro.
Professor Adjunto IIDepartamento de GeociênciasUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)Laboratório de Política, Epistemologia e História da Geografia (LAPEHGE)
Professor Adjunto IIDepartamento de GeociênciasUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)Laboratório de Política, Epistemologia e História da Geografia (LAPEHGE)
RELANÇANDO NA BIENAL 2013
Fotos Graziella batista
RETORNO DO RÉPROBO REPTANTE À MÃE DO CORPO
Bate-Papo com Leonardo Gênesis sobre o livro
Litaaaaaa!!!!!! Saudade!!!
Vamos lá. O seu texto está super dentro de uma tendência literária bem moderna, a o"prsa poética". Nela, os limites entre os dois gêneros é apagado. Uma proposta bem experimental. O livro que te dei de presente - "Eram muitos cavalos", do Rufato - é um ótimo exemplo. Por isso escolhi esse para você.
Lita, quando conversamos na sua casa, lembra? Enquanto você terminava o almoço? Então, você me disse algo que me marcou, pois sua angústia encontra eco em mim. Suas palavras: "- O que eu escrevo, minha mãe, meus pais não leem." É isso, Lita. Seu texto é de um teor experimental é artístico muito grande, algo da maior importância para linguagem literária. Obs: não é uma opinião minha isolada. Dei uns contos para alguns amigos da pós e todos pensam parecido.
Entretanto, a pergunta que te faço é a seguinte. "PARA QUEM VOCÊ QUER ESCREVER?" Para críticos literários, para acadêmicos parasitas, para alunos de Letras? Todas essas pessoas tem leituras, experiência, conhecimento de mundo para decodificar os códigos experimentais do seu texto. Você gostaria de se comunicar, de dividir você e suas experiências com mais pessoas?
O problema, ou uma das críticas feitas à essas experiências contemporâneas é o perigo do texto tender a falta de referência. Isso torna o texto um pouco hermético e incomunicável. É preciso ter muito cuidado para o texto não virar apenas exercício de linguagem. "Escrever é prestar atenção aos outros", Cristovão Tezza. Nos seus contos, percebi isso. Porém, acho que você está no caminho, buscando uma estética própria e creio que você esteja próxima disso. Lita, é só pensar sobre isso. Organizar melhor os elementos da prosa e da poesia. Um, o primeiro, é referencial por natureza. O outro, o segundo, abstrato e sensível. Então? Como utilizar esses elementos de maneira a não perder comunicação. O Rufato faz bem isso no livro que te dei. Há contos inteiros ou parágrafos inteiros extremamente abstratos e experimentais, porém, o conto anterior ou o a frase que vem depois devolve o chão ao leitor.
Lita, dá uma lida no livro novo do Cristovão Tezza, é uma espécie de autobiografia literária: "O espírito da prosa". Acho nele você vai encontrar eco de muitas angústias. Ele não trata da poesia, mas passa por ela e muitas questões outras. E o melhor, o livro é romanceado e longe de ser um texto teórico chato. Vale, justifica.
Vamos continuar a conversa? Ela é grande. (Leonardo Gênesis Maia Menezes)
O Luiz Rufato nos arrepiou lá em casa.
Debatemos muito sobre e, é claro, o livro já nem está conosco. Emprestamos a um amigo querido...
O que o autor me diz é: Se aquiete que a vida é assim!
Quando conversamos, não foi a toa que toquei nesse assunto da não comunicação do meu texto.
O Réprobo é pura observação da insegurança humana. Um livro para pessoas que fala de pessoas. Histórias simples que relatam, antes de tudo, o que acontece internamente. Por isso me chocou um pouco essa dificuldade dos leitores. Não acho a leitura tão difícil... Mas é compreensível visto que vivemos um hoje extremamente vazio e facilitado. Temos um instrumento como a tv, pessimamente utilizado pois manipula mesmo, impõe pensamentos e opniões. temos a internet que pode facilitar e superficializar qualquer estudo. Temos imprensa bagaceira, imprensa direitista, imprensa fútil, sem ideologia... Por isso é penoso para o povo mergulhar em qualquer literatura que se dedica a valorizar a língua resgatando sinônimos, que faz uso das figuras de linguagem valorizando a sensibilidade além do material, que brinca com imagens...
Nunca tive intençaõ de escrever para intelectuais chatos, mas para pessoas que cruzam comigo todos os dias, no trem, na padaria. Pessoas que carregam seus medos disfarçados de coragem. Pessoas como aqueles personagens que dão seus nomes aos escritos ("Eram duros apesar de seu aparente abandono". Sartre).
Rufato, acredito, também não tinha essa intenção. Porém a vida é essa, minha vizinha não lê Saramago, minha tia não lê Clarisse e minha mãe continua sem me ler.
Obrigada pela conversa
Saudade de vocês!!!!
Beijo imenso, Lita
RETORNO ... À MÃE DO CORPO
Comentário de quem leu!!! GLÁUCIA DO NASCIMENTO
"Não me surpreendi com a narrativa enigmática, pois, embora não convivamos, nossos poucos encontros últimos me revelaram pistas da mulher que ela se tornou: profunda, difícil de se pegar na primeira lida.
Entretanto, a surpresa veio pelo tom clariceano do modo como Lita conta histórias. Ela poderia ter escolhido outra estratégia de mistério, algo como Alan Poe. Mas, sendo mulher, nada como os jogos de palavras para pôr e retirar véus. Percebi o cuidado com o qual ela trata cada palavra e me encantei com as imagens ("A mulher sentiu uma espécie de ventania na barriga"/"Saíra dali, eu-a-mulher, chovendo-se inteira-metade"/ "... eu me vi num eco, sem latidos, sem blues, sem Maurício..."/ "... vendi caras e bocas"). E adorei as gravuras!
Permito-me elogiar, algo menos importante, mas igualmente relevante numa obra de semelhante valor: a correção ortográfica e a sintaxe incomum. Entre o erudito e o popular, ou como prefere um amigo meu crítico literário, entre o sublime e o prosaico, a autora também se mostra um tanto Adélia Prado, numa fina sensibilidade feminina. Tão jovem e tão "vivida"! Tão menina e tão mulher!
Este seu bom êxito literário até me anima a trazer à luz escritos meus. Embora já esteja "no início da segunda parte da linha reta", ainda me intimido de mostrar o que vai nas entranhas. Essa coragem (linda!) não a tenho. Mas me sinto contemplada em seus vôos sem rede.”
Gláucia Renata do Nascimento
(Doutora em Linguística e Professora da UFPE)
Como faço para adquirir um exemplar ?
ResponderExcluir
ResponderExcluirOi querido!
Bem, o livro está a venda nesses links:
http://www.travessa.com.br/RETORNO_DO_REPROBO_REPTANTE_A_MAE_DO_CORPO/artigo/fb9e4e9c-6e08-4d95-ae15-ece933675a19
http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=&idProduto=741
Espero que goste!