22 de setembro de 2014

Quando penso em poesia,
Quando encontro as palavras,
Quando bebo desse vinho
Quando metáforas se embalam
e, provocativas, me despertam,
tenho o som da existência
e não mais me desespero
Quando conto alguns contos,
Quando arrombo alguns baús
Quando ouço meus apelos
Quando invado minhas entranhas
Quando as veias me pulsam a procura de respostas
Quando me falta o ar e me sobra o mar
Quando deixo de ser o que antes não fui
Quando monto as armadilhas, e me solto
Quando me furo com a caneta, e não sangro
Quando abro os olhos e me espanto
Quando penso em poesia todo o resto se desmancha
Quando então me distancio, vejo a vida em corda bamba


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