Uma voz grita aqui dentro e não ouço esse pulsar
Estive por curto tempo no interior de mim mesma,
memória fugidia,
e a voz era muda, não ouço esse pulsar.
Encontros eternos e breves com o real desejo da minha existência.
Paciência que se instala nas fibras dos músculos rebeldes.
Respiração que acalma o sangue que é quente
O inconsciente clareia o obscuro
O encontro está marcado comigo mesma
e não acho o lugar.
A hora certa já passa
e não demoro a encontrar
Uma voz grita lá dentro
e não ouço esse pulsar
A ansiedade não me abate
Um calma me avisa que já évem.
Um quando em que o umbigo se rompe
e sai a alma.
Volta alma, a me ocupar
vem que a matéria me sufoca
a tecnologia me entorta
A modernidade me enforca
Estou sem ar
Uma voz grita lá dentro
e não ouço esse pulsar
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