19 de maio de 2013


Era verdade o que acabava de dizer, a mentira estava no que acabara de pensar. Sua dúvida era permanente, e insistir no ponto do amor perdido e sua dúvida já não pesava nem flutuava.
Acordara disposta a mudar, e sem muito alento, comprou uma passagem e foi a um lugar que jamais existira antes. Não vira a paisagem da janela só porque, meditando, concordou com sua vontade de desenhar algo abstrato, passou uma tinta qualquer, emendou, recortou, colou e fez uma arte única e eterna. Sua visão interior de uma paisagem mental tornou-se viva e ganhou uma moldura inesperada. Mutação. Sabia-se dona de uma coisa orgânica. Uma arte sem fronteiras acabava de invadir-lhe o coração.


Nenhum comentário:

Postar um comentário