9 de novembro de 2009

Atrasada, mais uma vez

Saio sempre tão antes que, mesmo que eu me atrase, sempre chego no maldito horário de mim pra mim. É sempre assim.
Embriaguês de arte. A ponto de quase não se dar conta e aí então nada se faz, ou tudo que é tanto e, por ser tanto, é quase nada mais.
Ouço essa música e não quero mais parar ou esperar. Sinto que estou atrasada de mim.
Qual parte ficou pra trás, me pergunto.
E a cor do abacate me soa tão inspiradora, que só me pergunto porque. Por que?
 Quase já não te quero mais enquanto que acordo sempre com sede da tua água e clamo que me sacie com esse suor amargo de arte manchada.
Ah! Esse tapete felpudo que só uso no inverno... não te troco jamais pela areia dessa tua praia magnética de ondas interrompidas de si próprio, mesmo que seja assim tão meu, tempo, e não saibas.
Atrasada, mais uma vez!
Espero que essa caneta não chame atenção. É mais um documento-denúncia de mim mesma por essas bandas estranhas por onde me meto na hora exata beirando ao pontual.

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