3 de agosto de 2009

desinventania

(Para Gracy, Yves, Priscila e para todos os amigos que estão a um fio de mim.)
Da mesma maneira que vêm, vão. Uns nem vão, mas não estão mais aqui, por qualquer motivo inexplicável.
Da mesma maneira que o capeta me comprou, bem comprado, os sábados e os domingos também. Da mesma maneira eles se foram e me deixaram uma saudade de vazio, o espaço fica grande e meu coração ecoa nele.
Já não sei mais a cor da saudade ou do egoísmo dela.
Amigos, algumas músicas me lembram vocês e eu já nem quero chorar.
Uns se foram levando a praia com eles, outros levaram projetos e sonhos.
O que fica são as fotografias que eu já nem quero olhar.
O que que eu faço com as coisas que precisava contar, e os beijos que ainda queria beijar?
Amigos, quando eu penso nas coxias, elas fazem-se fazias, as lembranças.
Se eu pudesse, ah se eu pudesse, desinventava os países, os aeroportos, os ônibus e a amizade. Se eu pudesse desinventava o amor.
(Para as Micheles, os Rodrigos, as Carolinas, as Moniques e os fios que já não estão em mim)

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