11 de outubro de 2008

*

Quando minha nuca sentiu que sua presença se fazia, um touro, peito meu a dentro, explodia a cada pulsar de tum tum tum. Quando minhas costas te viram, espinha ereta, sons de maldita abstração cega para o tímpano direito. Poros, cada um deles, atentos nessa coisa de corrente sanguínea na maré cheia que vai e vem e chuá, circula e jorra vermelho. Corpo de poeta que desenha no papel do mundo denunciando cada estado desse de metáforas sentidas, que arrepiam do cotovelo ao nariz. Pupilas que dilatam, lábios entre-abrem-se e incham tamanha quantidade do sangue de maré alta e tensão e tesão e saudade. Nozinho na garganta amarrado pela coisa que só fez decepcionar. Tonteira, febre alta de espasmos de amor. Água gelada e peteleco na tampinha da garrafa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário