25 de setembro de 2008

Reflexões

Sempre me pergunto quantas vezes
a felicidade,
saltitante e trazendo bombons,
bateu a sua porta,
de dia ou de madrugada,
querendo fazer-se viva, real
porém você,
numa teimosia que dá prazer,
numa insistência de dor boa,
recusou sua entrada,
ferindo o encanto do novo,
na espera de outra felicidade
uma que não chega nunca
uma que é embrião nunca gerado,
morto faz tempo,
e tem uma mãe cega chamada esperança,
mãe que não morre jamais,
a não ser que lhe parem de alimentar.
Enquanto não,
vê-se a imagem macabara de uma imortal
cor amarelada, olhos opacos,
longos cabelos embaraçados
numa cadeira de balanço
ninando o morto embrião
de nome
felicidade utópica.
Sempre me pergunto quantas vezes
e quantas mais haverá
de recusar
*********
******
***
*
Espaço de reflexão mais besta esse tal de blog. Um perigo só. Ainda mais para uma ariana, filha de Oxum DANÇANDO pela 'experiência da perda que proporciona o amadurecimento necessário para futuras entregas amorosas. Conquistas, prazer, conflito, separações, reinícios. Através de MOVIMENTAÇÃO que oscila entre força, dinamismo e leveza, faz reflexões sobre a experiência do amor, no desejo de TRANSCENDÊNCIA nesta que é a mais sublime das aventuras do ser humano'* Um perigo só!
*"Duas ou três coisas sobre o amor" (espetáculo de corpos contemporâneos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário