14 de setembro de 2008

Batidinhas na porta

O dia foi amanhecendo e eu apaguei a luz pra te sentir melhor
O embrulho encontrava-se ainda preso por barbantes e as flores, de cheiro violeta, murchinhas no canto da varanda.
O sol queria brilhar, a paz queria entrar e tua mão quente ainda adormecia... na minha.
Coisa ainda de se causar estranhamento...
Tua alma não tinha nome... mas teria, e logo. Imaginações de sabor amora... madura.
Tentei esticar uma das pernas enquanto lembrava o som da sua voz.
Dormência é sinal de felicidade dando leves batidinhas a porta, lí num livro de desejos, num muro de rabiscos, na bíblia dos milagres, juro.
O sol invadiu de vez. O calor tomava ares de explosão no meu peito. O Joelho esticava-se com um 'bom dia' e um espreguiçar. Sorrimos sabor pão de queijo e fruta de verão.
Como é que eu explico pra mim essas sensações? O que será que eu vou dizer para mim mesma?
Deixei pra lá. Ainda faltava muito tempo de ponteiros para encontrar-me comigo mesma.
Preguiça boa de se dormir de novo.

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