3 de maio de 2008

Amor

A pergunta do poeta:
Que que eu faço com esse amor que me toma?
Que me adormece o corpo todo, me aguça os sentidos, me enche e me esvazia...
Que me açucara e mela...
Que me encurta, me a-cha-ta
Que me faz feiosa, careta e chorosa
Que que eu faço com esse amor que me arranca de mim e não traz de volta?
Que que faço com ele que não me deixa NADA ver?
E o doutor respondeu:
Mas isso não é amor!!!
Amor é o que você tem pela arte. Brando e eterno
Febre alta é o nome disso.
Abra bem os olhos que ela já já passa.
Voe alto que ela já já passa
Corra ao vento que ela passa
ah passa!
E a resposta do ator:
Usa no teatro esse amor, que ele pede.
Usa na poesia, nas artes plásticas que elas querem
Usa na arte esse ardor, essa dor. E sorria
Aí uma mãe respondeu:
Tenha um filho!
Resposta de padre
Joga fora esse amor!
Uma velha cética:
Ih... mas que exagero!
E a resposta do amor:
Sacuda Enlouqueça Arda Chupe
Sugue Fume Ligue Procure Derrube
Chore Cante Dance Engula Insista Acarinhe
Trepe Grite Vomite Arranhe Voe Bata Fantasie
Morda Corra Morra Transcenda Declare Idealize
Minta Desminta Transfigure Sofra Suje Limpe
Assopre Abafe Esquente Transfira Lambuze Acredite Duvide
Acenda Fortaleça Ampare Rasgue Ilumine Queime
Arraste Apague Aperte Mate Troque Penetre
Lamba Esconda Apareça Ensurdeça
Rasgue Intensifique Aprofunde
VIVA-me, eu que sou a sua essência
aqui lá ou em qualquer lugar
hoje sempre eternamente e já

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