21 de julho de 2016

Desapego

E então eu ouço as minhas músicas, penso as minhas coisas, me amo.  Me exercito o equilíbrio, me exercito o corpo, o peito, o espírito. Por vezes desprendo-me do palpável e des-desejo. Des-prendo-me...
E então eu volto. Olho a praia, faço minhas fotos, meus rabiscos, meus planos. E então visualizo. Eu sinto a poesia, me escrevo, me toco. E então planejo minhas aulas, seus objetivos, meus objetivos. Me amo mais um pouco e me reconheço. E então eu faço meus horários, meus planos, meus mapas. E então eu brindo a vida, sinto seus sabores, seus beijos. E então observo cada movimento do espaço ao meu redor. E então eu aprendo a cada aula. E eu aceito a manifestação do agora, das fases da vida, da matéria. E então fundo-me à beleza da transformação. Transcendência. Sou puro aprendizado. E então me amo mais um pouquinho. Subo. Distancio. Amplio. Vejo-me como a mais pura representação da divindade que toca a matéria.

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