28 de janeiro de 2015

É de um futuro tão extenso quanto curto ou tenso que quero falar. Não há nada de mim nele, visto que jamais fora vivido por ninguém. Dose infinitas de não saberes pairam por esse tema. Jogo no lixo mais distante todas as dúvidas insistentes e covardes sobre ele e me afogo em possibilidades infinitas de invenção. Começa assim: sem receita, sem formato, hipótese ou chão. Não tem céu nem tão pouco nave espacial. Nele não há nada um dia inventado ou falado em nenhuma obra de arte, ou mesa de bar. Não há nele qualquer hipótese, nem chuva, nada de trivial. Dentro do tal, jamais haverá o já havido, jamais se saberá o já sabido e todas as perguntas estarão ultrapassadas pelas respostas. Não há filosofia no dito, não há teoria ou ciência. Há somente o novo, o jamais experienciado, o quase invisível ou o outro lado do espelho para onde nunca transvasaremos enquanto seres, humanos que somos.

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