19 de junho de 2014

As nuvens passageiras de mal humor, quando chegam,  trazem esse aspecto sombrio, esse espectro. Mas, passageiras, deixam um recado e se vão. O tal estado de felicidade também jamais será constante, quem espera a tal constância, já se perde em carências e buracos desnecessários. A aura do indivíduo e sua manifestação estará sempre em mudança, em nova frequência, em renovação, respeitando um ciclo de mortes e renascimentos. Aceitar a tal inconstância é dançar tranquilo no entendimento de si.
Os momentos manchados por melancolias ou confusões servem para a limpeza da alma confusa, dos pensamentos turvos... Servem para a chegada de idéias, mudanças de atitudes, reflexões. E os momentos de alegria? Essa serotonina toda de que servia?
Lúcia acordou assim, mas compreensiva consigo mesma, alimentando essas idéias de livros de auto ajuda, uma comédia, mas preferiu não rir. Levantou, leu seu horóscopo e acreditou na possibilidade de salvação que o dia prometia. Resolveu escovar logo os dentes como jamais fazia, pois preferia comer primeiro. Resolveu ainda usar a mão esquerda na escovação, como também não costumava fazer, pelo simples fato de ser destra. Mas hoje desfilava em nuvens e sabia que algo de louco aconteceria, senão, ao menos, provocaria. 
Conhaque e Omeprazol. Saiu! 

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