Quando a tempestade chegou e no tempo em que ela se sustentou, olhaste da janela e denominaste desastre toda aquela torrente.
Quando a tempestade chegou e no tempo em que se instalou, consideraste catástrofe o que via a frente.
Cada árvore arrancada, quanta flor machucada, quanto vento perdido te atordoava.
Quanta água sobrava no rio que transbordava e quanta plantação perdida, quanta casa molhada.
Numa revolta que sangrava seus punhos na janela, que ensurdecia seus ouvidos na água não previa a cor do límpido que chegava.
Na luz que o sol mandava, conseguiste vislumbrar arrependida numa manhã de virada, a esperança de renovação que o céu mandava.
E o movimento circular da natureza ensinava paciente e sem afetação que a conseqüência, e só ela, pode desvendar a verdadeira lavagem. O que vias desastre, agora entendes somente como reajuste.
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