26 de setembro de 2010

consequência

Quando a tempestade chegou e no tempo em que ela se sustentou, olhaste da janela e denominaste desastre toda aquela torrente.

Quando a tempestade chegou e no tempo em que se instalou, consideraste catástrofe o que via a frente.

Cada árvore arrancada, quanta flor machucada, quanto vento perdido te atordoava.

Quanta água sobrava no rio que transbordava e quanta plantação perdida, quanta casa molhada.

Numa revolta que sangrava seus punhos na janela, que ensurdecia seus ouvidos na água não previa a cor do límpido que chegava.

Na luz que o sol mandava, conseguiste vislumbrar arrependida numa manhã de virada, a esperança de renovação que o céu mandava.

E o movimento circular da natureza ensinava paciente e sem afetação que a conseqüência, e só ela, pode desvendar a verdadeira lavagem. O que vias desastre, agora entendes somente como reajuste.

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