A janela, de uma maneira delicada, olha a mulher fechada. Imagina a brisa que poderia vir dela, da mulher.
A janela então segura seus trincos, firme porém carinhosamente, e arranca da mulher qualquer vestígio de estorvo
A janela abre a mulher e debruça nela que a noite já vem.
É bonita de se ver
A mulher aberta
Toda
Devagarzinho abre uma banda da mulher, o lado direito. Sente o vento, É norte ou sul? Não faz caso. O que convém agora é abrir a outra banda.
A janela abre a mulher e debruça nela que a noite já vem.
É bonita de se ver
É bonita de se ver
A mulher aberta
Toda
Abre então o lado esquerdo da mulher, um lado que se faz prudente, sua banda mais pesada, travada, talvez empenada sol a sol. Sente um frio... ai, quanto frio sentiu a janela! Ela debruça... na mulher.
A janela abre a mulher e debruça nela que a noite já vem.
É bonita de se ver
É bonita de se ver
A noite aberta
Toda
a janela da mulher é a profundidade da cavidade cardíaca. pulso interno, flor que desabrocha.
ResponderExcluirduas janelas voltam a se encontrar, janelas da alma do blog. que delicia!!!! conectar!