E as pessoas, desapercebidas,
estão sempre alí
numa espera descomunal
E as frutas quase que maduras
numa luta entre o doar-se
e o resguardar-se
Entre o mergulho e
a queda natural
E o filho que não sabe pular
acalenta-se eternamente no colo quente
numa espera ininterrupta pela
voz que grita: - Pula!
E o gato covarde que mama e mama
de olhos fechados
e se recusa a passar do portão
porque não sabe nadar,
não sabe voar
E a cadela que, inocente, voa
e morre e sangra
Ela que foi e não voltou
Vai, se joga! Já dizia a minha mãe, eles foram
e se deram bem, muito bem
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